sábado, 24 de abril de 2010

Nosso planeta é diferente!

No dia 22 de abril foi comemorado o Dia da Terra, o Dia Mundial do Planeta Terra , que foi estabelecido a partir da convocação do primeiro protesto nacional contra a poluição, em 1970, pelo senador norte-americano Gaylord Nelson, e desde 1990 outros paises passaram a celebrar a data. A questão principal é que não basta apenas celebrarmos uma data ou lembrarmos apenas, nessa data, a necessidade de celebrar nosso planeta Terra.

Não é novidade para ninguém que há muito tempo estamos sofremos com as mutações das alterações climáticas. E é do conhecimento de todos o "porquê da revolta" do nosso planeta contra os seus habitantes: a poluição, o desrespeito pelos valores ambientais, o uso abusivo das fontes naturais dos produtos, a ganância e a sede de poder.

Nosso planeta é diferente dos tantos outros que existem no sistema solar e nos cosmos, pois é o único que é habitado por seres criativos e inteligentes ( lógico que eu estou vendo com os olhos da limitação de nossos conhecimentos científicos e não pela percepção de uma lógica prospectiva). O certo que é o único planeta que temos conhecimento de sua individualidade como ser diferente. Mas... se ela é habitada por seres inteligentes, acho que tenho que reformular o conceito de inteligência, pois somente seres estúpidos delapidariam o lugar onde vivem e nessitam desse lugar para viver.

A natureza já tem sido muito generosa, mas agora começou a reagir contra as atrocidades dos humanos. As transformações terrestres estão em andamento e, à medida que adentramos, mais as mudanças irão se intensificar. O planeta Terra, como ser vivo que é, fará a sua graduação e participará de planos superiores.

Com o crescimento acelerado das áreas urbanas nas últimas décadas, o nosso planeta se viu atropelado pelas mudanças e em muitas regiões do mundo a capacidade do homem de modificar a natureza acabou por destruir grande parte das riquezas naturais.

Então, durante o tempo que nos resta, devemos expressar constantemente que os eventos climáticos e violentos da natureza, que sempre se fizeram presentes ao longo da história de nossa civilização, estão agora mais evidenciados no início deste nosso século. Até que ponto
os atuais terremotos, inundações, tsunames, erupções vulcânicas, furacões e tornados refletem nossa atuação no mundo?

Alguns lugares do mundo estavam nevando em plena primavera onde normalmente nem neva durante o inverno, como aconteceu no Japão. Isso preocupa a quem ? Talvez eu, talvez você, mas com certeza ninguém que é responsável pela emissão de gases poluentes e lixo, irá admitir que parte da culpa pelas mudanças nesse desajustado clima é dele.

Não conseguiremos sobreviver num planeta que sofre com as conseqüências da ambição e do egoísmo sem promovermos a substituição desses valores por uma transformação moral que consolidará no planeta a necessidade de restauração e renovação da vida.

A série de catástrofes que ultimamente presenciamos, podem servir como instrumento para pensarmos o futuro imediato. Nós temos que aprender a viver no nosso planeta no contexto de uma civilização global de alta tecnologia, mas criando novos sistemas de gestão na relação com o planeta, respeitando a sua natureza intrínseca.

Previsões nada animadoras sobre as atividades vulcânicas islandeses são colocadas como alertas, posto que os vulcões aparentavam seguir ciclos e o seu aumento, ao longo da última década, sugere que estamos entrando num período mais ativo. Os vulcões islandeses estiveram estranhamente quietos durante a segunda metade do século XX e, a julgar pelas recentes atividades vulcânicas observadas, acredita-se que esta etapa mais ativa dure cerca de 60 anos, com picos entre 2030 e 2040.

Interessante é que o vulcão Eyjafjallajokull não é o mais violento, pois existem dois mais agressivos (Hekla e Katla) que podem ter sidos acordados com a movimentação da erupções daquele primeiro. O mais interessante ainda é saber que as cinzas e gases expelidos (e que desestabilizaram a vida da Europa), ao bloquearem os raios solares, também podem impedir o aumento da temperatura global. É uma auto-defesa do próprio planeta, uma forma de que se utiliza para curar sua ferida. É provável que haja um esfriamento pelos próximos dois anos. Tomara que seja verdade!

Já ouvi dizer que as Artes antecipam à Ciência. E tanto é certo que eu soube que no livro `Gaia: Alerta Final` de James Lovelock, ele conta que uma forma de interromper o irreversível aquecimento global, seria o próprio planeta entrar numa fase vulcânica, expelindo partículas na atmosfera, e que isso reduziria a incidência dos raios solares sobre a superfície da Terra.

É... o nosso planeta, como ser vivo que é, é diferente! E nós, somos culpados, cúmplices ou vítimas das defesas do planeta. É o homem que pode colocar tudo a perder e somos nós que temos que fazer alguma coisa... e não é apenas saber que tem um Dia da Terra.



Levic