quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Petra - uma cidade diferente


Existem pessoas ou situações ou ainda lugares que marcam pela sua diferença. É o caso de um lugar, uma cidade perdida, chamada Petra.

Petra é uma cidade que foi bem promovida pela atual novela da Globo "Viver a Vida", onde há um desfile de modas "Petra Fashion Days", desfile de moda à céu aberto em frente as ruinas da Câmara do Tesouro (Al Khazneh) e, com essa divulgação, muita gente tomou conhecimento desse lugar maravilhoso e misterioso. Na verdade o desfile não foi realizado no local. A Rede Globo enviou junto com os atores, uma equipe que fotografou todo o cenário com técnicas de 3D. As imagens foram inseridas por computador, atrás do palco montado em estúdio para o desfile

A partir da Idade Média a curiosidade pela cidade passou a interessar a muitos visitantes.Entretanto, o primeiro europeu a descobrir as ruínas de Petra foi Johann Ludwig Burckhardt (1812), e o primeiro estudo arqueológico científico sido empreendido foi por Ernst Brünnow e Alfred von Domaszewski, publicado na sua obra Die Provincia Arabia (1904).

A região onde se encontra Petra foi ocupada por volta do ano 1200 a.C. pela tribo dos Edomitas, recebendo o nome de Edom. A região sofreu numerosas incursões por parte das tribos israelitas, mas permaneceu sob domínio edomita até à anexação pelo império persa. Importante rota comercial entre a Península Arábica e Damasco (Síria) durante o século VI a.C., Edom foi colonizada pelos Nabateus (uma das tribos árabes), o que forçou os Edomitas a mudarem-se para o sul da Palestina.

Entre os anos 64 e 63 a.C., os territórios nabateus foram conquistados pelo general Pompeu e anexados ao Império Romano, na sua campanha para reconquistar as cidades tomadas pelos Hebreus. Contudo, após a vitória, Roma concedeu relativa autonomia a Petra e aos Nabateus, sendo as suas únicas obrigações o pagamento de impostos e a defesa das fronteiras das tribos do deserto.
No entanto, em 106 d.C., Trajano retirou-lhes este estatuto, convertendo Petra e Nabateia em províncias sob o controlo direto de Roma (Arábia Petrae). Adriano, seu sucessor, rebatizou-a de Hadriana Petrae, em honra de si próprio.

Em 380 d.C., o Cristianismo converteu-se na religião oficial do Império Romano, o que teve as suas repercussões na região de Petra. Em 395, Constantino fundou o Império Bizantino, com capital em Constatinopla (atual Istambul).
Petra continuou a prosperar sob o seu domínio até o ano em que um terremoto destruiu quase metade da cidade. Contudo a cidade não morreu: após este acontecimento muitos dos edifícios antigos foram derrubados e reutilizados para a construção de novos, em particular igrejas e edifícios públicos.

Em 551, um segundo terremoto, mais grave que o anterior, destruiu a cidade quase por completo. Petra não conseguiu se recuperar desta catástrofe, pois a mudança nas rotas comerciais diminuíram o interesse na manutenção desta cidade.

Em 1985, Petra foi reconhecida como Patrimônio da Humanidade pela UNESCO.
Em 2004, o governo jordano estabeleceu um contrato com uma empresa inglesa para construir uma auto-estrada que levasse a Petra tanto estudiosos como turistas.



Levic

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