domingo, 10 de janeiro de 2010

Agatha Christie é sempre atual


Dos meus dezesseis aos vinte anos, li quase todos os livros de Agatha Christie, e mesmo agora, quando quero me sentir em férias, leio ou releio alguns de seus livros que a memória já esbranquiçou a nitidez do seu enredo.

Esta mulher que se especilizou em
romances de suspense, foi considerada inigualável, aliando uma imaginação brilhante à sua grande habilidade como narradora, para conquistar gerações de público para suas histórias de mistério e suspense. Suas obras, particularmente aquelas com os detetives Hercule Poirot e Miss Jane Marple, deram-lhe o título de “Rainha do Crime” e fizeram dela uma das escritores mais importantes e inovadoras no desenvolvimento deste gênero. Rapidamente se tornou objeto de culto pelos apreciadores do gênero policial, tendo as suas obras ultrapassado barreiras geracionais de fiéis e atentos leitores.


Autora de mais de oitenta livros, que foram os mais traduzidos de todo o planeta, superados apenas pela Bíblia e pelas obras de Shakespeare. É conhecida como Duquesa da Morte, Rainha do Crime, dentre outros títulos. Agatha Christie escreveu 80 romances e livros de contos, além de doze peças de teatro. Além das peças, contos e romances de mistério, Agatha publicou seis romances românticos, com o pseudônimo de Mary Westmacott.

Agatha May Clarissa Miller, nasceu em 15 de setembro de 1890 e passou a infância e a adolescência num ambiente quase recluso, pois sua mãe se encarregou de dar-lhe formação cultural, proibindo-a de freqüentar escolas públicas. Tinha trinta anos quando conseguiu publicar seu livro de estréia, O misterioso caso de Styles , em 1921.

Agatha Christie criou dois tipos inesquecíveis: o detetive belga Hercule Poirot, com suas prodigiosas celulazinhas cinzentas no cérebro, e Miss Marple, uma solteirona simpática, observadora sagaz e tão cerebral quanto o detetive belga. Antes de morrer, em 12 de janeiro de 1976, cuidou também de preparar a despedida de Miss Marple e voltou a mansão Styles, cenário de seu primeiro livro, para encerrar a carreira de Poirot em Cai o pano.

Em 1914, casou-se com o Coronel Archibald Christie, um aviador da Força Aérea britânica e neste seu primeiro casamento, Christie teve uma filha chamada Rosalind Hicks. Dois anos após saber que o marido a traía, se divorciaram. Foi neste período também que ocorreu o desaparecimento da escritora durante uns 11 ou 12 dias, fato que ela omite em sua autobiografia. Entretanto, amigos confirmam que após a notícia que seu marido queria o divórcio para casar com outra mulher, ao mesmo tempo da morte de sua mãe, deixou a escritora numa profunda depressão e ela teria pensado em suicídiio, tendo se hospedado anonimamente (com nome falso) num hotel afastado.

No mesmo ano de separação, Christie casou-se com o arqueólogo Max Mallowan, depois de juntar-se a ele em uma escavação arqueológica. Sua união foi feliz, especialmente nos primeiros anos e assim permaneceu até a morte da Christie em 1976.

Durante a Primeira Guerra, Agatha trabalhou como farmacêutica, o que lhe proporcionou, segundo consta, grandes conhecimentos sobre poções e veneno, que seriam mais tarde empregados em suas obras. Ao que parece, ela aproveitava as oportunidades vividas na vida real para adaptar aos seus romances, como é o caso de trens, viagens, golfe, cartas, objetos de arte, arqueologia, e inúmeras outras situações.

Criou um imaginário povoado de personagens bem caracterizadas nas suas obras, que foram adaptadas ao cinema, teatro, televisão e até
quadrinhos.

Tendo nos deixado aos 84 anos de idade, as suas histórias imortalizadas tornaram-se clássicos imprescindíveis e a sua vida com suas obras literárias fizeram-na uma mulher diferente. Agatha Christie fez a diferença!

Levic

Um comentário:

  1. Agatha é minha diva eterna!
    Não li tantos livros dela , mas por enquanto, "Os Quatro Grandes" é meu favorito, seguido por "Os Primeiros Casos de Poirot"... Comprei "Cai o Pano" há mais de um ano e não li até hoje...
    Um dia terei a coleção completa de seus livros!

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